quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

CIRIO DA CONCEIÇÃO NO PARAISO



EM CONSTRUÇÃO

Imaculada N.S. da Conceição


A chegada ao Sítio Conceição tem um percurso aproximado de 2 Km.
É formado por extensa vegetação e localizado na atual Praia da Conceição,
nas terras da Baia do Sol.
Essas terras foram requeridas por
Leocádio José da Silva, que graças a sua grande devoção à Virgem Imaculada Conceição passou a chamar-se, posteriormente Sítio Conceição, anteriormente chamado Paraguai.

Um local isolado e cercado por extenso arvoredo, próximo a praia da Baia do Sol, mantido pelos herdeiros de Leocádio, há mais de 125 anos.
Uma festa religiosa em honra à Imaculada Conceição, que reúne a comunidade da Baía do Sol, visitantes e convidados.


Leocádio Silva, foi casado com Maria do Carmo Silva e tiveram sete filhos, os quais mantiveram a propriedade na família: Leocádio da Silva Júnior, Izabel da Silva, Florêncio José da Silva, Mariana Augusta da Silva, Rita do Espírito Santo Silva, Antônia Paes e Silva e Gabriel Arcanjo da Silva.

Após o percurso de ida e volta pelos caminhos arborizados do sítio
ocorre a benção da imagem e a distribuição de brinquedos
às crianças e enxovais as gestantes com mais de 03 meses.

Data: 08/12/2010
Imagens: JCSOliveira

Chegada dos romeiros e devotos da Santa, ao Sítio Conceição,
em frente a ilha da Pombas, na Baia do Sol.

JCSOliveira-Mosqueiro-08/12/10

Ao chegar ao sítio encontramos uma extensa plantação de açaizeiros.

JCSOliveira-Mosqueiro-08/12/10

Ao término da plantação de açaizeiros encontramos uma gruta
contendo em seu interior uma pequena imagem da Imaculada Conceição.

JCSOliveira-Mosqueiro-08/12/10


A Casa Grande, erguida em 1.864
Anexa a ela, está a ca capela da Santa.
JCSOliveira-Mosqueiro-08/12/10


Num comodo da casa
próximo a uma área avarandada
foi erguida a Capela da Santa.
No seu interior encontramos um altar com diversas imagens
e o nincho da Santa
que é retirada somente no dia da festividade
para as homenagens e retorno
após a peregrinação.



A licença foi concedida pelo Bispado de Belém
e a bênção foi dada pelo Padre Castilho, Vigário do Mosqueiro,
no dia 10 de janeiro de 1.855.
A Missa Centenário, foi celebrada por D Alberto Ramos
em 12.01.1985, em gratidão
ao fundador e sua família,
conforme placa afixada na parede do templo.


A Imagem em seu andor
JCSOliveira-Mosqueiro-08/12/10

Os preparativos para a Missa

Devotos cansados e exaustos com a longa caminhada
aguardam o padre para a realização da missa campal

JCSOliveira-Mosqueiro-08/12/10

JCSOliveira-Mosqueiro-08/12/10

A celebração da Missa













Um pouco da história do Sítio Conceição
No século XVIII, muitas pessoas requereram enormes áreas de terras em Mosqueiro, as léguas de "sesmarias" como era chamado o documento que doava as terras pertencentes à Província Imperial. Entre estes beneficiados estava o posseiro Padre Antônio Nunes da Silva a quem coube a doação das terras da Baía do Sol, em 06 de dezembro de 1746. Contando com a mão de obra de escravos africanos, seus herdeiros construíram sítios agrícolas como o Sítio Conceição, ainda preservado, e Sítio Santana cujas ruínas de sua casa grande encontra-se na propriedade do Hotel Paraíso. Na primeira metade do século XIX, o Pará vivenciou a revolta dos Cabanos, assim nomeada por fazer referência às habitações daqueles que formavam os maiores contingentes que integraram o movimento. Faziam parte do movimento camadas sociais desfavorecidas como caboclos, índios destribalizados e os negros libertos que moravam nas ilhas e regiões próximas a Belém, além de alguns fazendeiros e comerciantes inconformados com a política do presidente da província. No litoral de Mosqueiro, importante reduto Cabano, havia dois pontos artilhados; o da Vila, instalado nas barrancas da praia do Bispo, e o do Chapéu Virado, com artilharia montada nos penedos que ali existiam. Eram desses pontos que os Cabanos atingiam os navios que conduziam tropas, mantimentos, armas, munições e fardamento para o marechal Manuel Jorge Rodrigues na ilha de Tatuoca e para as tropas de Pernambuco que haviam aportado na ilha de Cotijuba. A resistência, instalada na ilha do Mosqueiro, enfrentou as forças legalistas, em 21 de janeiro de 1836, em plena praia do Chapéu Virado. Após horas de combate, vários mortos e feridos de ambos os lados e sem munição, os Cabanos saíram em retirada pelas matas e rios da região. Nas décadas seguintes à Cabanagem, Mosqueiro continuava com sítios agrícolas, concentrados em sua maioria no norte do Arquipélago, e um pequeno vilarejo ao sudoeste com suas casas localizadas, entre arvoredos, na beira da baía. Sua vinculação à Freguesia de Benfica na condição de Vila, fez com que este vilarejo viesse a dar origem ao bairro conhecido como Vila do Mosqueiro. Quando vice-presidente da Província do Pará, o Cônego Manoel José de Siqueira Mendes Sancionou a lei da Assembléia Provincial 563, de 10 de outubro de 1868, criando a Freguesia de Mosqueiro e extinguindo a de Joanes. Em seu artigo 1º lemos: "Fica criada na povoação de Mosqueiro uma freguesia sob a invocação de Nossa Senhora do Ó...". A igreja que havia na povoação e pertencia à Irmandade de Nossa Senhora do Ó foi indicada para matriz provisória e mandada avaliar para a devida indenização à irmandade, promovendo-se a sua conclusão pelo governo da Província, o mesmo ocorrendo com a obra do cemitério que ficava ao lado da capela e pertencia à mesma irmandade. D. Macedo era então o bispo do Pará e nessa qualidade designou em portaria de 02 de abril de 1869, para vigário da nova freguesia, o padre de cinqüenta e um anos, Manoel Antônio Rayol, que a aceitou e nela se radicou. O Século XIX chegava às suas últimas décadas, Mosqueiro deixaria de ser Freguesia e passaria para a condição de Vila de Belém em 06 d julho de 1895. A região começava a experimentar um novo ciclo econômico que traria grandes transformações. Para Mosqueiro estavam reservadas muitas surpresas.
Disponível em: http://www.istoeamazonia.com.br. Em 09/12/10



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